Pesquisas comprovam que esses equipamentos salvam mais vidas que médicos qualificados em locais onde há aglomeração de pessoas. Quando alguém passa mal na rua, logo vem à cabeça: tem que chamar a ambulância ou um médico. Mas, se o problema for com o coração, pesquisas demonstram que é mais eficaz ter um desfibrilador cardíaco automático em locais onde há aglomeração de pessoas, como academias e meios de transporte, que a presença de um profissional qualificado.
Nos últimos dias, as panes e acidentes acontecidos em trens, barcas e metrôs trouxeram à tona o quanto esse tipo de acidente pode ser prejudicial para quem apresenta problemas cardíacos. De acordo com especialistas do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), já deveria ter sido criada uma lei que obrigue esses lugares a disponibilizar o equipamento.
Pensando nisso, o deputado estadual Xandrinho (PV) apresentou um projeto de lei que irá obrigar as estações de trens, barcas e demais meios de transporte a disponibilizarem desfibriladores cardíacos automáticos. Para Xandrinho, muitas pessoas passam por esses locais diariamente e há chances de ocorrências de emergência cardíaca e, com a presença dos equipamentos, o tempo de espera por atendimento seria reduzido e vidas poderiam ser salvas. “Temos que humanizar ainda mais os meios de transporte”, diz o deputado. O exemplo mais recente foi o do ditador norte-coreano, Kim Jong-il, que morreu aos 69 anos, após um infarto durante uma viagem de trem, que poderia ter tido sua vida preservada se o local disponibilizasse um desfibrilador.
De acordo com o Dr. Marcelo Assad, chefe do Serviço de Prevenção Cardiovascular do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), se uma pessoa tiver uma morte cerebral por 3 ou 4 minutos, o desfibrilador cardíaco automático é a única ferramenta capaz de salvá-la. “O tempo de espera até uma ambulância chegar, pode ser o fim da vida de alguém”, afirma o cardiologista, que completa: “Qualquer pessoa pode utilizar o equipamento, porque ele faz tudo sozinho. Inclusive, o desfibrilador só dá o choque se verificar que há arritmia”. Para o Dr. Assad, é inadmissível que academias de ginásticas não tenham um. “O preço de um desfibrilador é menor que o de uma bicicleta ergométrica”.
Fonte: https://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=186530